Um pool de inovações em uma companhia pulsante

Argo Seguros registra o melhor desempenho de sua história no Brasil e segue investindo em tecnologia e no relacionamento

Karin Fuchs

No mercado de seguros desde 1997, Bruno Pereira chegou na Argo Seguros em 2019 para assumir o cargo de CFO. Desde dezembro de 2020, ele ocupa também o cargo interino de CEO. “A principal meta é continuar o crescimento da Argo Seguros de forma sustentável: foco na produção com disciplina na subscrição. Fortaleceremos nossa posição na carteira já desenvolvida e buscaremos novas oportunidades em produtos complementares e inovadores”.

Segundo ele, isso só é possível com o constante investimento em tecnologia, desenvolvimento contínuo da equipe interna e aumento no relacionamento com os parceiros comerciais. Um caminho que tem se mostrado certeiro. A Argo Seguros terminou o ano de 2020 com o melhor resultado da sua história no Brasil, com um volume de prêmio emitido de R$ 382,4 milhões, pela primeira vez acima da marca de R$ 300 milhões.

“Em 2019, havíamos chegado em R$ 282,9 milhões, o melhor desempenho até então. Isso significa um crescimento de 35,1%, um número fantástico, ainda mais em se tratando de um ano de pandemia, marcado por muitas incertezas. Outros indicadores que confirmam o excelente desempenho são o resultado operacional, que saltou de R$ 20,4 milhões para R$ 24,4 milhões, o que representa um espetacular índice combinado de 92,8% em 2020, e o volume de apólices emitidas, que passou de 129 mil para mais de 140 mil no ano”.

Um crescimento sustentado que ele atribui à plataforma digital de distribuição comercial da Argo Seguros, pela disciplina em subscrição tailor made e no atendimento personalizado aos parceiros comerciais.

Com sede em São Paulo, são mais de quatro mil corretores atendidos, assessorias e clientes em todo o Brasil, “não temos filiais físicas por uma questão de eficiência e atendemos todas as regiões do país por nossa rede de parceiros comerciais”, diz Pereira. Entre as carteiras que se destacaram em 2020, E&O + D&O tiveram um aumento de 55,6%, “índice bem acima do mercado, que ficou em 39,4%”, e Transportes, com expansão de 30,9%, “enquanto o mercado ficou em -2,3%”.

De olhos em 2021

Para este ano, o executivo diz que os principais desafios serão manter as taxas anuais de crescimento de dois dígitos e contínua redução do índice combinado. “Fechamos 2020 com 93% de índice combinado, mas temos certeza de que ainda temos espaço para melhorar. A disciplina na subscrição, que nos traz controle sobre a sinistralidade, está aliada a uma crescente austeridade e controle dos gastos gerais e administrativos”.

Ele acrescenta: “nós queremos e vamos continuar investindo, mas sempre com inteligência e com foco no aumento da produtividade, eficiência e retorno para o acionista. Além desse olhar financeiro, inovação, eficiência e excelência são vetores que asseguram o nosso crescimento e, por isso, estou envolvido diretamente em projetos estratégicos que nos permitirão oferecer cada vez mais produtos, serviços e atendimento que melhorem a experiência e a jornada dos nossos corretores, assessorias e demais parceiros de negócios”.

Destaque também para o time. “Nós temos uma equipe forte e motivada que está impulsionando a operação brasileira do Grupo Argo para patamares ainda mais desafiadores, ainda mais num mercado tão competitivo. Novas contratações estão no radar para fortalecimento desse time de excelência. Temos trabalhado de forma muito responsável para cada vez mais termos “authority” local que nos possibilitará fazer cada vez mais negócios”.

Plataforma digital

Pereira comenta que, com o objetivo de melhorar a experiência dos corretores na cotação e atendimento das necessidades de seus segurados, a companhia tem focado investimentos no desenvolvimento de novas funcionalidades da plataforma digital. “Temos também um canal de comunicação interno estruturado, no qual os feedbacks dos corretores e assessorias – além de ideias internas de nossos colaboradores – são analisados e se convertem em novidades, como os produtos RC Condutor e Bike Mulher”.

Segundo ele, a vocação para inovação está no DNA da Argo Seguros. “Prova disso, é que somos a seguradora com maior quantidade de seguros de Responsabilidade Civil no Brasil, com mais de 40 categorias atendidas”.

De um ano para cá, a companhia lançou o Home Office Protegido, “primeiro seguro a cobrir os equipamentos das empresas que tiveram que ser alocados na casa dos colaboradores por conta da pandemia”, e o Bike Mulher, “um dos poucos seguros existentes no Brasil desenvolvido especificamente para o público feminino”. Mais recentemente, foi a vez do RC Condutor, primeiro produto vinculado à Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Novas soluções

Desde a chegada da Argo no Brasil, em 2012, eles já trabalhavam com seguros digitais. “Costumamos dizer que ela já nasceu digital, sendo uma das primeiras companhias do país a operar dessa forma, sempre buscando a digitalização de processos, algo que era bastante inovador para aquela época. Temos um DNA de pioneirismo e desde sempre investimos pesado em tecnologia”.

Em 2020 foi lançado o Argo Digital, o novo ambiente de negócios da Argo e, mais recentemente, disponibilizadas todas as ferramentas e melhorias para facilitar o dia a dia do corretor. “E nós estamos desenvolvendo soluções que permitam aos corretores maior liberdade e facilidade para que eles ampliem seu leque de opções e oportunidades. A ideia é desburocratizar os processos ao máximo, facilitando o desenvolvimento de negócios, para que todos possam vender mais, em menos tempo”, antecipa.

Recentemente, foi colocada à disposição dos corretores uma série de ferramentas. “Uma delas é a Renovação Antecipada, que permite ao cliente renovar até cinco dias antes do término de vigência da apólice com um percentual de desconto diferenciado, exceto para aqueles tiveram sinistro nos últimos anos”.

No Argo Digital, o corretor pode ajustar sua própria comissão de venda, permitindo que ele ofereça a melhor condição ao seu cliente, dentro da sua estratégia comercial. “Anteriormente não havia mínimo e o limite era 15%. Agora ele pode escolher entre 0,1% e 20%”. Outra novidade é o endosso digital para bikes, disponíveis para alteração de dados básicos; substituição de bike e de peças, por exemplo.   

Aprendizado

Com a pandemia, Pereira comenta que tivemos um ano de muito sofrimento pessoal, em virtude das vidas perdidas, mas ao mesmo tempo foi um ano de muito aprendizado. “Nunca na nossa vida dependemos tanto da tecnologia para nos mantermos conectados e próximos, quando fisicamente era impossível”.

Para ele, esse foi o principal ensinamento dessa pandemia. “Plataformas digitais de distribuição de seguros ágeis, simples e confiáveis passam a ser cada vez mais uma obrigação para sobrevivência, e não mais um diferencial”.

Ele acrescenta que na subscrição de riscos mais complexos, essas plataformas digitais devem ser o alicerce para aumento da eficiência e produtividade. “Aumentará o nível de exigência dos clientes e parceiros comerciais no seu atendimento e na oferta de produtos customizados, completos e ágeis. Isso só será possível se for fundamentado em tecnologia de ponta”, conclui.

Conteúdo da edição de abril (230) da Revista Cobertura

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