Os seguros são fundamentais para minimizar as perdas e os prejuízos causados por eventos extremos; corretor precisa orientar os consumidores sobre a diferença de contar ou não com uma proteção

Sabemos que as mudanças climáticas geram impacto em todo o mundo de formas diferentes. No Brasil, as mudanças climáticas geram eventos extremos como chuvas, alagamentos, secas e vendavais. Nas regiões Norte e Nordeste não têm sido diferente.

“No momento em que as regiões Norte e Nordeste passam por problemas como redução de recursos hídricos, secas, aumento da temperatura, entendemos que as produções agrícolas são muito afetadas e demandam maior proteção”, sinaliza Raquel Cerqueira, superintendente de Ramos Elementares da Bradesco Auto/RE.

Por isso, ela menciona como soluções o seguro Equipamento Agrícola, que protege o produtor de atividades agrícola, pecuária, aquícola e florestal, e o seguro Empresarial, que cobre fenômenos como incêndio, queda de raio e incêndio decorrente de queimadas em zonas rurais. “Além da cobertura básica, o seguro oferece diversas coberturas opcionais para proteger o estabelecimento empresarial, como alagamentos, inundações e desmoronamento”, descreve.

“A seca que atinge a Região Norte, principalmente os estados do Amazonas e de Rondônia, tem sido uma das mais severas já registradas nas localidades. Isso tem causado impactos ambientais e socioeconômicos significativos, especialmente na produção agrícola e no segmento de transportes, uma vez que os rios são parte essencial na infraestrutura de transportes de alimentos e outros insumos”, comenta Cefas Rodrigues, diretor Regional Comercial Norte da Tokio Marine.

Inclusive, ele tem notado uma maior procura pelo seguro de Transportes, em especial, com um crescimento de 58% no acumulado até agosto.

“Neste cenário, observamos que as pessoas estão em busca de proteção contra possíveis imprevistos, garantindo a segurança de sua família e entes queridos. Isso aumenta a adesão a seguros como Vida e Residencial”, observa Ronaldo Dalcin, diretor Regional Comercial Nordeste da Tokio Marine.

“Até agosto deste ano, por exemplo, verificamos aumentos significativos de 23,2% na busca pelo produto Vida Individual, 21% no produto Residencial e 12,5% no Empresarial”, acrescenta Dalcin.

Conscientização deve aumentar

Raquel alerta sobre a necessidade de todos estarem atentos às tendências climáticas, que surgem de maneiras diferentes em cada região, como forma de antecipar sinistros e promover uma maior análise dos riscos. “O que nos possibilita oferecer coberturas abrangentes. Ao coletarmos dados e analisarmos as causas e efeitos das calamidades recentes, podemos gerenciar os riscos e reduzir os impactos”.

“Conforme pudemos observar em tragédias climáticas recentes no Brasil, as perdas e prejuízos podem ser agravados para aqueles que não possuem seguro. Por isso, é necessário conscientizar a população a respeito da importância desta proteção e oferecer coberturas e soluções de seguros cada vez mais amplas e adequadas”, acrescenta a superintendente da Bradesco Auto/RE.

Eduardo Fazio, diretor Regional da Zurich Seguros, destaca que o seguro é uma ferramenta mais do que necessária para o enfrentamento das adversidades climáticas. “Vemos que, para muitas delas, como alagamentos e incêndios, existem coberturas específicas em linhas pessoais, como seguros de Automóvel e Residenciais, e em linhas empresariais, sejam pequenas ou grandes empresas, que buscam ampliar a proteção não apenas no caso de bens avariados e prejuízos materiais, mas também no que se refere à segurança das pessoas e à continuidade dos negócios”, diz.

Papel do corretor

“Os corretores são nosso principal canal de distribuição e têm o papel de mostrar aos consumidores como o seguro é fundamental para proteção de bens e patrimônios em casos de tragédias climáticas. Por isso, é importante que informem sempre aos clientes como os diferentes tipos de seguros e coberturas podem reduzir as perdas e prejuízos”, indica a superintendente da Bradesco.

O diretor da Zurich aponta que considerando a intensificação em frequência e severidade desse tipo de ocorrência, o corretor precisa estar atento às particularidades e necessidades das pessoas e das empresas para atuar como um verdadeiro consultor de riscos, recomendando coberturas, serviços ou soluções de prevenção que façam sentido para o contexto daquele segurado. “Do nosso lado, estamos à disposição dos corretores para ajudá-los a compreender as necessidades dos clientes e as proteções que realmente possam apoiá-los nos momentos mais críticos. É o nosso papel”.

Para Dalcin, o maior argumento que o corretor pode utilizar, de maneira geral, é que a adesão a um seguro, seja ele qual for, é essencial para a proteção das pessoas e seus patrimônios, garantindo segurança e tranquilidade no dia a dia.

Cefas acrescenta que a companhia oferece seguros com soluções customizadas para seus clientes, com produtos elaborados especialmente para suas necessidades. “Esse é um dos principais argumentos que o corretor, como nosso principal aliado, pode utilizar, disseminando informações e levando a cultura do seguro para os mais variados perfis de clientes”.

Apoio além da proteção

“Na Zurich, acreditamos na importância de investirmos em ações de sustentabilidade em nossas operações, processos, produtos e serviços, engajando nossos clientes e parceiros, visando mitigar o impacto das mudanças climáticas no mundo. Temos diversos exemplos disso no nosso negócio, desde estratégias de descarbonização de carteiras de investimento, compensação de carbono em produtos, reciclagem de resíduos advindos dos processos de sinistros, entre outros”, comenta o diretor da Zurich.

Fazio lembra que a companhia possui um Fundo de Catástrofes, criado justamente para apoiar a comunidade em situações de calamidade pública (muitas delas relacionadas a eventos climáticos). “Já apoiamos emergencialmente mais de 80 mil pessoas na região desde 2023, devido às chuvas nos estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco, e as secas nos estados do Amazonas e do Pará”.

Conteúdo da edição 06 da Revista Aconseg-NNE